Foto: Félix Zucco/Agência RBS
O Internacional começou 2016 bem diferente do que no ano passado. Sem sua principal estrela nos últimos anos, Andrés D’Alessandro, o time treinado por Argel Fucks melhorou segundo ele mesmo. O colorado tem uma campanha do Gauchão melhor do que tinha nesse mesmo período em 2015. Mas será que a declaração dada por Argel faz sentido?
“Se querem comparação, vamos comparar. No ano passado, com D'Alessandro, Aránguiz, Nilmar, o Inter tinha seis pontos em quatro rodadas. Hoje, tem oito. No ano passado o Inter perdeu a Recopa para o Lajeadense. Agora, ganhamos do São José. É isso que eu avalio. Às vezes a equipe não consegue dar uma exibição boa, mas futebol, para mim, é aproveitamento, exibição, ganhar jogo e perder jogo. A gente quer acertar o time em cima da vitória, não da derrota. E acredito, sim, que estamos em evolução”, disse ele.
De fato, se analisarmos os dados, o Inter cresceu. Tem um aproveitamento melhor e ainda conquistou um título inédito no gabinete do clube. Mas Argel se esqueceu de alguns detalhes importantes ao lembrar 2015: o colorado não atuava com a equipe titular nos jogos dos estaduais.
Exatamente. Diego Aguirre, hoje técnico do Atlético-MG, priorizava a Libertadores, competição na qual o Inter chegaria nas semifinais, parando no Tigres do México. E onde está o Internacional de Argel? Fora da competição continental.
Não basta olhar apenas números ou estatísticas em um esporte tão complexo como o futebol. O conjunto da obra deve ser pensado. Em 2015, Aguirre tinha um elenco mais inchado, é verdade, mas soube administrá-lo bem e conquistou o estadual do Rio Grande do Sul. Quanto à Argel, esteve a um passo da vaga na Libertadores, mas tropeçou nos próprios calcanhares nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro.
De qualquer forma, é muito cedo para afirmar se melhorou mesmo. No entanto, Argel deve cuidar das próprias pernas antes de analisar a dos outros.